Apaixonados por yoga

Apaixonados por yoga

quinta-feira, 7 de março de 2013

O que são mantras?

A palavra mantra é composta pelas sílabas 
man (mente) e tra (entrega), 
em sânscrito, antigo idioma da Índia. 

Como o som é uma vibração, pronunciar ou ouvir os mantras cotidianamente é, para os hindus, a forma de ativar as qualidades divinas, abrindo nossas mentes e nossos corações para os planos superiores.




Os mantras tveram origem nos Vedas, livros sagrados indianos compilados pela primeira vez em 3000 a.C. 
Essas escrituras compõem-se de 4 mil sutras, das quais foram extraídos milhares de mantras, que atribuíam características relacionadas aos deuses, como amor, compaixão e bondade. 



"Um mantra é basicamente uma oração", explica o swami Vagishananda, americano radicado na Índia há mais de 20 anos, mestre dos cânticos relacionados aos Vedas. Repeti-los muitas vezes é a chave para interromper o processo natural de pensamento intermitente, que nos leva de uma ideia a outra sem controle. Quando paramos esse fluxo mental, o corpo relaxa, e a mente se aquieta e se abre a vibrações sutis, que permitem ampliar a percepção.



Os mantras nasceram na Índia e foram adotados por todas as religiões que de lá se espalharam pelo mundo. Há várias linhagens do budismo chinês, tibetano, japonês e coreano que usam essas frases rítmicas. "Porém, a palavra entrou na linguagem corrente para designar os sons repetidos que levam a um estado de meditação", explica Edmundo Pellizari, professor de teologia de São Paulo.



Esse efeito tranquilizante pode ser resultado de orações como a ave-maria, o pai-nosso e a glória-ao-pai, no rosário católico. "Elas são as correspondentes cristãs dos mantras", explica Moacir Nunes de Oliveira, professor de teologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Maior similaridade com os mantras é encontrada no terço bizantino, em que a ave-maria é substituída por uma frase curta (como "Jesus, curai-me").

Os mestres recomendam que se repitam os mantras, às vezes, durante horas a fio, mas no início não precisa ser tanto. "O verdadeiro impacto do mantra pode ser percebido depois de três horas de repetição", explica o mestre Vagishananda. 
Alguns reflexos são bem mais imediatos, porém. Estudiosos do mantra Miohô - Nam miohô rengue kyo -, relacionam cada sílaba a uma área do corpo, que recebem os benefícios da vibração do som. Assim, nam corresponde à devoção, mio à mente, ou cabeça, ho à boca, ren ao tórax, gue ao estômago, kyo às pernas.

Pode-se recitar mantras nos momentos em que sentimos necessidade de nos conectar com as qualidades das quais eles falam: alívio, calma, alegria, amparo, ânimo. Não custa tentar - afinal, o mínimo que a prática poderá fazer é deixá-lo mais tranquilo e concentrado. A vocalização do mantra Om Mani Padme Hum, um dos mais populares, proporciona ao final uma respiração profunda e relaxante. Há mantras específicos para evocar vibrações de cura, alegria e prosperidade, por exemplo, associados aos budas ou às divindades femininas - as taras. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário