Apaixonados por yoga

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segunda-feira, 14 de abril de 2014

Osho e Meditação

Osho: o guru dos novos tempos

Conheça Osho, o indiano fundador de um movimento espiritual com todas 

as características de uma nova religião - inclusive uma obra escrita com
mais de 600 volumes por Texto Bianca Nunes.



No fim dos anos 50, um professor de filosofia chamava atenção na 
Universidade de Jabalpur, na Índia. As aulas do barbudo de gorro e óculos
escuros, sempre lotadas, eram as únicas em que homens e mulheres podiam
sentar-se juntos e debater livremente – 
apenas mais uma das controvérsias do homem que se definiu como
 “um místico espiritualmente incorreto”. 
Chandra Mohan Jain, ou simplesmente Osho, 
causava polêmica principalmente com seus ataques às religiões tradicionais.
 Pregando a busca da liberdade através da meditação, ele conquistou uma
 geração de pessoas que buscava a espiritualidade sem ter de se 
comprometer com antigas crenças. Mas o movimento que ele criou assumiu
 todos os contornos de uma nova religião, como a busca pelo divino, 
seguidores, rituais, doutrinas e até mesmo escrituras – 
mais de 600 livros que são best sellers internacionais,
 traduzidos em 55 idiomas.
“Não existe homem mais cabeça-dura que o papa, o Polaco”, 
disse sobre João Paulo 2º durante uma entrevista de 1985, 
publicada em 6 volumes no livro O Último Testamento. 
O Polaco, como sempre chamava o então chefe da Igreja Católica, 
era um dos alvos favoritos de Osho: “O mundo está superpovoado e ele
 continua pregando contra o controle de natalidade, a pílula e o aborto”. 
Seus livros, editados a partir de palestras e entrevistas, oferecem novas 
interpretações de livros sagrados, líderes religiosos e sistemas políticos.
 O objetivo era discutir a importância da liberdade, do autoconhecimento 
e da relação do homem com ele mesmo e com o planeta – a busca por um
 novo homem.
“A abordagem de Osho traz elementos religiosos, especialmente no sentido
 de que o ser humano tem a capacidade de se iluminar e pode desenvolver 
seu potencial inerente”, explica o professor de teologia da PUC-SP Frank 
Usarski. Esse potencial seria desenvolvido pela meditação, mas não com os
 métodos desenvolvidos há séculos pelos orientais, que segundo ele não
 surtem efeito no homem moderno e num mundo extremamente 
consumista e dinâmico. Seria preciso algo mais agressivo para nos tirar
 do estado “vicioso” em que estamos. Para isso, Osho desenvolveu
 técnicas, como a meditação dinâmica, e reformulou outras. 
“O objetivo é a libertação do ser humano por práticas diversas 
das quais Osho se apropriou, de tradições religiosas como o 
zen-budismo, o tantrismo e o sufismo”, diz Usarski.
Segundo a autobiografia de Osho, sua trajetória espiritual começou
 de maneira semelhante à de antigos profetas, aos 21 anos, com
 uma revelação. Ele conta que numa noite de março de 1953 foi acordado 
por uma energia forte em seu quarto, correu para o jardim onde meditava 
e viu tudo iluminado. Ficou 3 horas em estado contemplativo – “chapadão”, 
como definiu – e 7 dias sem falar. “Dias se passavam e eu não sentia 
fome, não sentia sede. Desde aquela noite, nunca mais estive em meu 
corpo.” A luz trouxe a percepção de que não há nada a ser obtido,
 pois o ser humano já é perfeito.
Da filosofia à religião
Formado em filosofia, Osho passou a dar aulas e a reunir nas 
universidades seus primeiros discípulos. A quantidade de pessoas que o 
buscavam era tão grande que em 1962 ele abriu um centro de meditação
 e começou a fazer inúmeras viagens para palestras ao redor da Índia. 
Em 1964, suas palavras foram publicadas pela primeira vez em livro,
 sob o título O Caminho Perfeito. Foi a primeira das muitas obras que 
fizeram o sucesso do movimento. Dois anos depois, Osho abandonaria
 sua atividade acadêmica para dedicar-se exclusivamente à vocação de guru
 e passou a organizar acampamentos de meditação na zona rural do país.
Nos anos 70, Osho já tinha uma pequena multidão de seguidores e o 
movimento começou a ganhar as feições de uma religião. Em 1970, num 
campo de meditação, ele fez a iniciação formal do primeiro de seus discípulos
 – ou neosanias. Em 1971, ele mesmo mudaria seu nome para Bhagwan
 Shree Rajneesh – ou “Rajneesh, o senhor abençoado”, em sânscrito – 
deixando clara sua ligação divina. Os neosanias adotaram rituais como 
vestir roupas vermelho-alaranjadas, um colar de 108 contas e um medalhão 
com a imagem do líder. Além disso, cada novo discípulo era rebatizado
 pelo mestre para caracterizar a adesão. Afinal, Osho e seus seguidores
mudaram-se para uma comunidade no parque Koregaon, em Puna, Índia,
 que se tornou um resort de meditação. Segundo Usarski, mais 
uma característica de um movimento religioso. “Religiões integram 
socialmente, já que membros de uma comunidade religiosa compartilham
 a mesma cosmovisão, têm valores comuns e praticam sua fé em grupo.”
Em Puna, Osho aplicava métodos terapêuticos em workshops e 
dava palestras diariamente. De manhã, comentava os ensinamentos de 
tradições religiosas, como o budismo, o sufismo e o cristianismo. 
À tarde, respondia perguntas sobre temas como amor, ciúme e meditação.
 Num mês, falava em hindi, no outro, em inglês. Cada série de 10 dias foi
 publicada em forma de livro, compondo mais de 240 obras em 7 anos. 
Na época, Osho já tinha cerca de 400 livros publicados, somando um volume 
de texto maior que o da Bíblia ou do Alcorão. Em 1976, o complexo de 
Puna ganhou um edifício dedicado exclusivamente à produção editorial do guru.
 Os livros levavam a palavra de Osho para o mundo inteiro e atraíam cada
 vez mais gente para conhecer de perto seu movimento. No fim dos anos 70,
 o centro recebia cerca de 100 mil pessoas por ano. E cada vez mais 
ocidentais eram conquistados pela idéia de renunciar às repressões 
impostas por religiões, educação, governos e outras tradições, sem ter 
de abrir mão do mundo material.



O QUE É MEDITAÇÃO?
                  "Quando você não está fazendo absolutamente nada -
 corporalmente, mentalmente, em qualquer nível - quando toda a atividade 
cessou e você simplesmente é, apenas sendo, isso é meditação.
 Você não pode fazê-la, você não pode praticá-la; você tem apenas que 
compreendê-la.
                    Sempre que você encontrar tempo para apenas ser, 

abandone todo o fazer. Pensar também é um fazer, concentração também 
é um fazer, contemplação também é um fazer. Mesmo que apenas por um 
único momento você fique sem nada fazer, simplesmente permanecendo no
 seu centro, totalmente relaxado - isso é meditação. E uma vez que você
 tenha descoberto o jeito, você pode permanecer nesse estado tanto tempo
 quanto quiser; por fim você poderá permanecer nesse estado durante as 
vinte e quatro horas do dia.
                    Uma vez que você tenha se tornado consciente de como o seu
 ser pode permanecer sem perturbação, então, vagarosamente, você pode
 começar a fazer coisas, mantendo-se alerta para que o seu ser não se agite.
 Essa é a segunda parte da meditação - a primeira é aprender a simplesmente
 ser, e em seguida aprender pequenas ações como limpar o chão, tomar um 
banho, mas permanecendo centrado. Depois você poderá fazer coisas mais
 complicadas....
                    Assim, a meditação não é contra a ação. Não é que você tenha

 que escapar da vida. Ela simplesmente lhe ensina uma nova maneira de 
viver: você se torna o centro do ciclone.
                    A sua vida continua; continua de uma maneira muito mais 

intensa - com mais alegria, com mais clareza, mais visão, mais criatividade
 - todavia você está distanciado, é apenas um observador nas colinas,
 assistindo simplesmente o que está acontecendo ao seu redor.
                    Você não é aquele qu
e faz, você é o observador.
Esse é todo o segredo da meditação: você se tornar o observador. O fazer 

continua em seu próprio nível, não há nenhum problema nisso: cortar madeira,
 tirar água do poço. Você pode fazer coisas pequenas e coisas grandes;
 só uma coisa não é permitida: o seu centramento não pode se perder.
                    Essa consciência, esse estado de observação deve permanecer

 absolutamente desanuviado, sem perturbação."
                                                                                                                                          OSHO
 .
OSHO FALA SOBRE MEDITAÇÃO
      
Não há necessidade de meditar  todo o tempo. Umas poucas vezes no dia e apenas por uns poucos minutos é o bastante.     
 Existem algumas poucas coisas que se fizer demais podem ser prejudiciais.      
Por exemplo, os últimos 
estudos dizem que se você fizer algum exercício corporal por vinte 
minutos e depois fizer o mesmo exercício por quarenta minutos, o
 benefício não será dobrado. E se você fizer por sessenta minutos o
 benefício se tornará prejudicial. É exatamente como quando você 
come algo que é benéfico. Se você comer muito não será benéfico,
 isso se tornará prejudicial. Assim, a matemática comum não funciona.
      Sempre que você encontrar tempo, apenas por uns poucos
 minutos, relaxe o sistema de respiração, nada mais – não há 
necessidade de relaxar o corpo inteiro. Sentado num ônibus, ou num 
avião, ou num carro, ninguém perceberá que você está fazendo alguma
 coisa. Apenas relaxe o sistema de respiração. Deixe que ele seja
 como quando ele está funcionando naturalmente. Então feche os
 olhos e observe a respiração entrando, saindo, entrando, saindo...   
   Não concentre. Se você concentrar, irá criar problemas, porque
 então tudo se tornará uma perturbação. Se você tentar se concentrar
 sentado num carro, então o barulho do carro se tornará uma 
perturbação, a pessoa sentada ao seu lado se tornará uma perturbação.      Meditação não é concentração. Ela é simples 
consciência. Você simplesmente relaxa e observa a respiração. 
Em tal observação, nada é excluído. O carro está fazendo barulho –
 isso está perfeitamente Ok, aceite isso. O trânsito está 
movimentando – isso está Ok, faz parte da vida. A pessoa sentada
 ao seu lado está roncando, aceite isso. Nada é rejeitado. Você não 
tem que estreitar sua consciência.      Concentração é um 
estreitamento de sua consciência de modo que você se torne focado
 num ponto, mas tudo mais se torna uma concorrência. Você está
 brigando com tudo mais porque você tem medo de que aquele ponto
 seja perdido. Você pode se distrair e isso se torna uma perturbação.
 Por isso você precisa de isolamento, dos Himalaias. Você precisa ir a 
Índia e para um quarto onde você possa sentar-se silenciosamente,
 sem ninguém perturbando você de modo algum.      Não, isso não 
é certo – isso não pode se tornar um método de vida. Isso é isolar a
 si mesmo. Isso tem alguns bons resultados – você se sente mais 
tranqüilo, mais calmo – mas esses resultados são temporários.
 É por isso que você sente repetidas vezes que aquela sintonia foi 
perdida. Uma vez que você não tenha as condições nas quais ela 
pode acontecer, ela se perde.      A meditação na qual você precisa
 de certos pré-requisitos, na qual certas condições precisam ser 
atendidas, não é meditação de modo algum – porque você não será 
capaz de fazê-la quando estiver morrendo. A morte será uma 
dispersão.
 Se a vida dispersa, pense sobre a morte. Você não será capaz de 
morrer meditativamente, e então toda essa coisa é inútil, é perdida.
 Você novamente morrerá tenso, ansioso, na miséria, no sofrimento 
e criará imediatamente o seu próximo nascimento no mesmo padrão.
      Deixe que a morte seja o critério. Qualquer coisa que possa ser
 feita mesmo enquanto você estiver morrendo é real – e isso pode 
ser feito em qualquer lugar; em qualquer lugar e sem condições como
 requisito. Se algumas vezes as boas condições estiverem ali, tudo
 bem, você desfruta delas. Se não, isso não faz qualquer diferença. 
Mesmo na praça do mercado você pode fazê-la.      Não deve haver 
qualquer tentativa de se controlar a respiração, porque todo controle 
é da mente, assim a meditação nunca pode ser uma coisa controlada.
      A mente não consegue meditar. Meditação é alguma coisa além
 da mente, ou abaixo da mente, mas nunca na mente. Assim, se a 
mente permanecer observando e controlando, isso não é meditação; 
isso é concentração.      Concentração é um esforço da mente, 
ela traz as qualidades da mente ao seu ponto máximo. Um cientista 
se concentra, um soldado se concentra, um caçador, um pesquisador,
 um matemático, todos se concentram. Essas são atividades da
 mente.

A qualquer tempo medite. Não há necessidade de ter um tempo
 pré-determinado. Use qualquer tempo que tiver disponível. No 
banheiro, quando você tiver dez minutos, simplesmente sente-se 
debaixo do chuveiro e medite. De manhã, depois do almoço, por 
quatro, cinco vezes, em pequenos intervalos – apenas de cinco
 minutos – medite, e você verá que isso se tornará uma constante nutrição.      Não há necessidade de fazê-la por vinte e quatro horas.      Apenas uma xícara de meditação é o bastante. Não precisa beber todo o rio.
 Apenas uma xícara. E faça isso o mais fácil possível. O fácil é o certo
. Faça o mais natural possível. Simplesmente faça quando você 
encontrar tempo. E não faça disso um hábito, porque todos os
 hábitos são da mente e, na verdade, a pessoa real não tem qualquer
 hábito.
(OSHO – Nothing to Lose But Your Head - Cap. 5)

Meditação Kundalini de Osho .

Esta meditação dura uma hora e tem quarto estágios, três com música e o último sem música.
A Kundalini atua como uma banho energético, sacudindo suavemente você libera seu dia e fica refrescado e tranqüilo.

Primeiro Estágio: 15 minutos

Solte-se e deixe seu corpo todo chacoalhar, sentindo a energia vindo de seus pés. Movimente-se e torne-se o chacoalhar. Seus olhos podem ficar abertos ou fechados.
Permita o chacoalhar, não fique de pé em silêncio, sinta a energia chegando e quando seu corpo começar a tremer, coopere, mas não seja o fazedor. Desfrute disso, alegre-se com isso, permita, receba, dê boas vindas, mas não deseje isso.
Se você forçar, isso se torna um exercício, um exercício físico, corporal. Então o chacoalhar estará lá, mas apenas na superfície; ele não penetrará em você. Você irá permanecer sólido como uma rocha por dentro. Você irá permanecer o manipulador, o fazedor e o corpo estará apenas seguindo. O corpo não é o problema, você é o problema
Quando digo sacuda, estou falando de sua solidez, seu ser endurecido deve sacudir até as fundações para que se torne líquido, fluido, derretido. E quando seu ser endurecido se tornar líquido, seu corpo seguirá. Assim não há nenhum tremer, apenas tremor. Portanto ninguém está fazendo isso, está simplesmente acontecendo

Segundo Estágio: 15 minutos

Dance, da maneira que você sentir, deixe que todo seu corpo se movimente como quiser. Novamente seus olhos podem permanecer abertos ou fechados.

Terceiro Estágio: 15 minutos

Feche seus olhos e relaxe, sentado ou de pé, observando, testemunhando, tudo que acontece dentro e fora de você.

Quarto Estágio: 15 minutos

Com os olhos fechados, deite-se e relaxe.

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